terça-feira, maio 15, 2012

Primeiro passo: perder o medo.

É difícil. Eu diria que é quase impossível pra alguém como eu. Minha vida sempre foi pautada nas escolhas dos outros, nos limites impostos pelos outros; que agora é muito estranho tomar as rédeas de minha própria existência. E confesso que falho muitas vezes, porque simplesmente não aprendi a fazer as coisas por mim mesma, sem pelo menos ter alguém ao meu lado. 
Ontem foi assim. Eu dei de presente um laptop para a mamãe (que aliás ficou extremamente feliz ^^), e decidi contratar os serviços do OI Velox 1 Mb. Pedi os conselhos normais ao meu marido, porque afinal de contas eu nã estava costumada àquela situação. Mas, a parte engraçada foi na hora da contratação: eu queria que ele ficasse ao meu lado para me dar apoio. Apoio de quê? Ele ficou me olhando com cara de espanto pela demora na ligação, pelas informações que estava provendo à empresa e, no final, me saudou com um "Você é muito boazinha. Diz logo não e ponto final.". Como assim? Ele não sabia o que a pessoa do outro lado da linha estava me falando/ pedindo, como poderia proceder deste jeito? Bom, ao final da ligação - que foi bem fácil por sinal - o serviço foi contratado, tudo organizado, e o sinal da Internet estará disponível em 48 horas (assim espero). Mas, depois eu fiquei remoendo esta minha aflição, porque chega a dar realmente aflição. Eu não consigo fazer determinadas coisas por mim mesma, tenho que ter o suporte de alguém. Será que isso é assim mesmo ou sou só eu? Enfim, me incomodou a maneira como fui tratada. Não gostei nem um pouco.

Outra coisa que eu espero profundamente não me aborrecer é a questão da viagem à Sampa. Eu realmente gosto de ir até lá, de visitar os locais que costumeiramente eu sempre que estou lá visito, que quase que uma rotina. Só que eu estou vendo que não vai ser assim. Eu tinha o plano montado na cabeça: pegaríamos o ônibus bem cedinho, chegaríamos lá pela hora do almoço, pegaríamos o metrô, ficaríamos no hotel que estamos acostumados (e é do lado do metrô, literalmente) e contaríamos com as facilidades do local (Internet, taxi na porta, metrô). Pois bem, não será nada assim. Iremos para acasa da tia do meu marido em Cotia (que em linha reta - o que não é assim boa parte do percurso - dá aproximadamente 29 km) de carro (trajeto este que ele também não está acostumado), ficaremos hospedados lá (teremos que levar roupa de cama e banho e não teremos Internet), ficaremos limitados aos horários da tia dele (sabe-se lá quais são), teremos que sair de carro e estacionar em algum outro lugar para que possamos pegar a condução para o centro (e o caminho inverso também) - ou seja, gastaremos com estacionamento, não quero nem pensar como será a questão da alimentação, e o mais importante: tira toda a nossa liberdade. Eu acho que sim, pois eu não fico nem um pouco à vontade em compartilhar o mesmo teto que o namorado dela. Ele pode ser uma pessoa legal, mas não me sinto bem ao lado dele. Agora, e pra falar isso tudo para o meu marido? Na verdade eu já expus minha opinião e ela simplesmente foi ignorada. 

Ai meu Deus, eu quero sair correndo....

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