sábado, agosto 16, 2014

Recordar é viver


Continuando a maré de recordações... 
Isso é bom, porque revivo os dias maravilhosos que passei em NY, além de exercitar a minha memória e prevenir Alzheimer. 

***

Dia #1 - Enfim chegamos e New Jersey

Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu... demorou 10 horas, mas estávamos em solo americano.
Imigração, pega mala, pega o carro e partimos para a estrada.
Tudo é muito organizado, até o maior dos engarrafamentos. Sim, pegamos um puta congestionamento porque o GPS nos guiou pelo caminho de dentro da cidade! E como não conhecíamos outro, lá fomos nós na indiada à procura de Woodbury.


Nós dirigimos, dirigimos, andamos mais de hora e nada... Já tava até batendo uma desconfiança se estávamos mesmo no caminho certo. Estressados, cansados da viagem e perdidos ainda por cima? Não, continuamos firme e depois de mais de 2 horas, eu diria, finalmente chegamos ao centro de compras *_* 





O mapa acima dá uma ideia de como é a coisa: enorme. É realmente um vilarejo com lojas das marcas mais famosas, tipo Prada, Gucci, YSL e por aí vai, com preços acessíveis (????). Só se for para os chineses, que estavam fazendo um arrastão no lugar. Até enquanto estava saboreando meu delicioso sorvete de chocolate Godiva, veio um chinês do nada e pediu na cara de pau pelo meu cupom (explicações abaixo) da Swarovski. É muita cara de pau mesmo... 
Entrei em algumas lojas, porque chegamos à tarde e o tempo estava apertado. Além disso, estava um calor do cão e com a pinta de que iria cair um toró loguinho.
Meu marido conseguiu comprar algumas camisas realmente baratas, mas eu?... Só consegui comprar tênis mesmo. 
Encontramos uma loja da Converse e compramos 2 pares cada um. E se você comprasse 2 pares, o segundo saía pela metade do preço. Eu comprei um tradicional preto e um de couro marrom, a compra deu USD 80.00. Acho que saiu em conta porque só o de couro aqui no Brasil deve custar o que eu paguei nos 2.




Lindos de morrer! *_* E foi só isso que eu comprei lá. 
Quando saímos da loja, caiu um puta aguaceiro de não enxergarmos um palmo na frente da cara. E pra voltar pra NY? 
Meu marido ainda tinha que me deixar no hotel pra eu fazer o check-in e ele entregar o carro. 
Ele comprou, além dos tênis, as camisas e muito chocolate. Conclusão, desci na porta do hotel que nem uma  muambeira!!!! Cheia de sacolas!!!! Mas consegui, firme e forte, e fiz o check-in.

Ficamos no Holiday Inn. É um hotel bem simples, mas a cama extremamente confortável e o chuveiro (com banheira) valeram a estadia.




Nem preciso dizer que entramos em coma quando chegamos ao quarto. 

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Primeira semana efetivamente de trabalho e eu já fico pensando em quando vou viajar novamente. 


Realmente é uma rotina muito estressante e agora eu entendo porque as pessoas tiram férias pingadas ao longo do ano. 
Além disso, a coisa está começando a tomar corpo com a chefia... depois de 10 meses, a gente (eu e meus colegas de trabalho) estamos tendo a noção de como o moço trabalha e, principalmente, suas vontades. Tá ficando esquisito, isso eu posso dizer.


Bjs.

domingo, agosto 10, 2014

A dream came true...

Oi! Tudo bem?
Fiquei um tempo sem atualizar o blog por vários motivos e, dentre eles, foi a tão esperada, sonhada e planejada viagem a NY. 
Eu não consigo mensurar o quão bom foi, o quão feliz eu fui e o quão realizada estou. 
Há mais de 15 anos eu desejo isso e foi como um sono no estômago com um beijo de língua em seguida. Foi fascinante. 
Eu pretendo descrever aqui como foram meus 10 dias naquele lugar incrível, óbvio junto com as outras coisas que andam acontecendo. Afinal de contas, este não é um blog sobre viagem. Aliás, quem sou eu para me aventurar a isso não é?
Mas vai ser legal relembrar o que fiz, os lugares que fui, as coisas que vi...


Os preparativos

Foi difícil, mas eu tentei esconder de todo mundo que eu iria para NY. 
Sim, eu acredito que as pessoas possam te derrubar (incluindo aí os seus sonhos) por simples força negativa (nem que não seja intencional). Na semana da viagem, conto nos dedos as pessoas que sabiam. Meus próprios pais só souberam porque houve um atrito entre mim e meu marido e que, como consequência, tive que contar. Mas friso que foi com o coração na mão. Depois de tudo que me aconteceu e que me acontece, cada vez mais tenho a certeza de que eles, apesar de serem meus pais, me "invejam". 
Eu sei, tenho que procurar ajuda psicológica para isso, mas as coisas que acontecem são muito bizarras.

Mas os preparativos foram um tanto quanto estressantes também. 
Meu marido estava uma pilha. Eu idem.
Recebi muito esporro dele... principalmente de que eu não conseguia fazer as coisas sozinha. 
Foi difícil, encarei muita coisa sozinha e não contei a ninguém. 
Me senti vitoriosa por fazer câmbio sozinha. Me lembro que eu tremia dos pés à cabeça por insegurança, mas fui... amparada por uma amiga que me disse muitas palavras positivas.

Lavei muita roupa para a malinha. Sim, foi uma malinha para mim e meu marido. Tínhamos a expectativa de comprar mundos e fundos lá, o que não aconteceu, óbvio.

Tudo preparado. Dinheiro sacado. Cartões a postos para pagar as contas da casa. Comida da Xena comprada... enfim, vamos lá.

O aeroporto

Nunca tinha feito uma viagem tão longa. Só de ônibus e para São Paulo. 
Primeiro pegamos uma ponte aérea até Guarulhos. Isso foi de tarde, tipo, 4 e pouca, e ficamos no aeroporto até a hora de nossa viagem, que seria as 22:30. 
Ficamos tensos, nervosos, não comemos direito. Acho que a única coisa que descia era café com leite... eu devo ter tomado uns 3 em Guarulhos.
E foi um tal de wifi, Facebook para matar o tempo, mas nada disso era interessante para mim. 
Tava um frio de lascar...
Mas, finalmente, chegou a nossa hora. 
Fomos de classe econômica, lógico. E no meio do avião. 
Para mim tudo era novo. Televisão, joguinho, jantar no vôo!!! Ele sem lactose e eu baixa caloria. Tava gostoso, mas ele não comeu muito. 
Decolamos e que sensação estranha é voar.... voar.... voar... horas e mais horas e eu naquele avião. Eu pensei de tudo: como chegaríamos, se chegaríamos, como seria passar no triângulo das bermudas, estar em mar americano e finalmente em território americano.
Mas antes disso, ele passou mal no vôo. Fiquei muito preocupada. Ele estava muito branco, desfigurado, suando em bicas, pensei que ele estava tendo um infarte. Mas creio que tenha sido somente um mal estar... afinal, ele também não estava acostumado a voar tantas horas assim.
Depois de uma longa noite, chegamos. 
Dia bonito no JFK. 
Antes disso, as obrigações: Imigração!
Fiquei muito nervosa, mas deu tudo certo. Estávamos, enfim, em solo americano.

Eu vou tentar manter a descrição assim, em doses homeopáticas! Hahahahahaha...

***

Minhas crises com minha família chegaram ao extremo.
Não sei mais o que fazer. 
E toda vez é assim. Quando tenho uma experiência muito feliz, que eu quero guardar comigo e dividir com o mínimo de pessoas, eu acabo me estressando com eles ou porque eles contaram pra alguém que eu não acho que deveriam ou porque simplesmente brigamos sem explicação mesmo (como foi o caso da minha mãe ontem). 
Eu fui distribuir as lembranças e nunca fiquei tão triste por isso. Ela foi gananciosa e estúpida porque gostou mais de uma camisa do que de outra, a ponto de ficar com a camisa menor e que obviamente não dava nela. Não quis a camisa que eu tinha comprado pra ela, do tamanho certo, para ficar com a que eu tinha comprado para minha prima. Foi a cena mais ridícula que eu vi na vida!
E o pior é se achar com a razão e dizer que não houve nada de mais... E eu não posso ter o direto de ficar puta por ela ter desdenhado do meu presente. E depois ainda vira pra mim e diz que então não vai mais usar a tal camisa que ela fez tanta questão. 

Como se não bastasse eu ter me aberto ao meu pai o desejo de realmente morar nos EUA, em uma conversa totalmente informal, ele vai e conta pra minha prima sobre isso. Sabe... eu sei lá... mesmo que tenha sido de brincadeira eu não gosto, eles são invejosos e trazem energia negativa para mim. Poxa, meu pai sabe como é a casa da minha tia, ninguém ali deu certo na vida, todo mundo escolheu engravidar cedo, parar os estudos, e, como consequência, vivem daquela maneira. Meus tios são alcoólatras, minhas primas não têm juízo e meu pai fica contando meus planos e particularidades pra essa gente!!! E ainda acha que não é nada de mais... E depois me dão esporro por isso!!! E fazem chantagem emocional em seguida!!!
Eu não sei mais o que fazer.
Desde a morte da minha avó a minha mãe entrou numa onda de coitadinha e acha que o mundo gira ao redor dela. Ela não sai, tem pouquíssimos amigos, não se diverte, não procura se divertir, sei lá... tá em depressão talvez, mas ela paga um plano de saúde que dá acesso a psicólogos!!!
Eu já falei, aconselhei, mas não posso manter a vida que eu tinha com ela quando eu era solteira!!! Eu era presa, não ia a lugar nenhum e só fazia e pensava o que eles queriam. Por isso eles dizem que eu mudei, quando na verdade eu só passei a ser o que eu gostaria de ser.
Isso cansa. Muito.