sábado, fevereiro 25, 2012

Hiato sim. Abandono jamais.

Algumas coisas acontecendo como eu não gostaria, mas, pelo menos, acontecendo. 

Pois é. Aquele emprego tão esperado na Halliburton nem rolou... vai ver era uma questão de perfil *piada interna*. Sei lá. No fundo eu tava até com certo medo de ir pra lá; afinal, meu Inglês nem anda essas coisas. Tô bem enferrujadinha. Enfim, pelo menos acendeu uma lâmpada para a questão EMPREGO. Pelo andar da carruagem não vai dar pra construir carreira onde estou agora. Por que? Por causa do perfil. Não acredito que tenha o perfil nojento e asqueroso que eles querem e, sinceramente, não estou disposta a ter. Tudo ali é muito fake, um jogo de interesses que não estou acostumada e nem quero estar. Um puxasaquismo ao extremo, alimentado por mentes sádicas que gostam de ver o circo pegar fogo. E olha que eu nem gosto de circo. Internalizo que é o meu ganha pão. Entro, trabalho, resmungo alguma coisa com meus colegas e vou pra casa. No final do mês, tá lá meu dinheirinho suado. Pouquinho pouquinho tadinho, em comparação às outras empresas. Por isso, em uma medida desesperada e que eu espero realmente que me traga benefícios, resolvi voltar a dar aulas - para um grupo seleto - de adultos. Sim, espero que com este grupo mais maduro eu volte a ter gosto pelo ensino. Afinal, ele será fonte básica de mais um projeto: o curso de tradução.

Acho que vida de concurseiro não é para mim; aliás, não é para quem trabalha. Não dá pra você cuidar da sua vida, da sua casa, ter suas responsabilidades e ainda por cima arcar com exaustivas horas de estudo. Se eu pudesse voltar no tempo, teria enfiado a cara nos estudos assim que tivesse saído do Souza Marques. Mas me faltava massa cinzenta naquela época e, por conta disso, levo esta vidinha apertadinha e sem realizações pessoais. 

Mas, o curso de tradução. Sim, com ele vou poder pegar uns serviços extras de tradução e distribuir melhor pelo tempo vago que tiver. Além disso, com a graninha das aulas somada a graninha das traduções vai ser mais um valor agregado ao tão famigerado sonho de comprar uma casa ou apartamento. Vida de aluguel é sofrível. Estou empolgada. Vamos ver...

Parece besteira, mas fiquei triste em saber que Eliana Tranchesi havia falecido. Eu, uma plebéia, que nunca fui à Daslu (nem ao menos passei na calçada), lamentando a morte de uma mulher riquíssima, dona de uma das maiores boutiques de luxo do país. Aliás, minha lista de blogs não é nem um pouco parecida com minha vida real. Mas, falando da Eliana, quando eu ainda trabalhava naquele prédio comercial em Copacabana, ganhei uma revista Daslu - que aliás parecia um livro. Achava aquilo tão distante da minha realidade que resolvi guardar. Virava e mexia lá eu ia folhear a revista. Lia principalmente as reportagens sobre as Dasluzetes... Nossa, aquela vida me maravilhava! Mulheres cultas, ricas e independentes, tudo o que eu queria ser. Eu ainda guardo a revista como se fosse um guide. Engraçado não? Mas aquele book me permitiu ver que mundo tão diferente é capaz de comungar com coisas e pessoas tão simples. Descanse em paz Eliana.

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